Tuanny MillerDivulgação
Entre cuidar da criança, istrar terapias e gerenciar o negócio, cada minuto é contado. A rotina materna é um malabarismo: enquanto atende clientes, lida com crises sensoriais; enquanto responde e-mails, supervisiona o filho. O autocuidado? Quase inexistente. À noite, quando a casa silencia, o trabalho continua. Muitas mães atípicas sacrificam o descanso para garantir o sustento, equilibrando exaustão e necessidade. O maior desafio sem dúvidas é cuidar de si mesma. Muitas mães atípicas se doam tanto que esquecem de sua própria saúde mental, física e emocional. A pergunta "quem cuida de mim?" muitas vezes ecoa sem resposta.
Vivemos entre a necessidade e a urgência. Na falta de empregos formais que compreendam sua realidade e flexibilizem horários, o empreendedorismo torna-se uma saída possível, cheio de desafios. A sobrecarga é constante: são profissionais, cuidadoras, mediadoras e, muitas vezes, precisam lutar para garantir direitos básicos para seus filhos.
A partir da falta de apoio, o o às oportunidades de crescimento profissional e momentos de autocuidado é limitado pela ausência de espaços adaptados para seus filhos. A inclusão, que deveria ser uma prática social, ainda é exceção. Empreender sem apoio é desgastante. A carga mental é enorme, o cansaço nunca a e a pressão para dar conta de tudo é implacável. Cuidar da saúde não pode ser um luxo, mas uma prioridade.
Precisamos de e, compreensão, respeito e apoio real. Algumas ações que fazem diferença incluem:
Ser rede de apoio: pergunte como essa mãe está, ofereça ajuda e escute sem julgamentos. Oferecer e prático: auxilie com tarefas istrativas e domésticas, indique clientes, parceiros e fornecedores, compartilhe seu trabalho nas redes sociais. Criar ambientes inclusivos: se você trabalha com uma mãe atípica, ofereça horários flexíveis e reuniões adaptáveis, seja um espaço seguro onde ela possa compartilhar sua rotina sem receios.
Sou mãe solo preta, empreendedora, tenho uma filha de 6 anos neurodivergente e vivo essa realidade diariamente, apoiar outras mães atípicas não é sobre grandes gestos, mas ações que diminuem sua sobrecarga.
Convido você, leitor, a refletir sobre essas questões e entender como pode apoiar essas mães. Empreender e maternar é um ato de coragem. Neste mês de conscientização do autismo, ampliemos o olhar sobre o que enfrentamos todos os dias. Mais empatia, menos cobrança. Mais apoio, menos solidão. Porque, no fim do dia, não somos apenas mães de crianças neurodivergentes – somos mulheres que também precisam ser vistas, cuidadas e acolhidas.
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