Sergio Saccomandi de SouzaDivulgação

A indústria é um dos principais setores da economia brasileira e, no estado do Rio de Janeiro, sua relevância é ainda mais evidente. O estado é responsável por cerca de 87% da produção nacional de petróleo e 76% da produção de gás natural, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A localização estratégica, a proximidade com rotas marítimas internacionais e a infraestrutura logística consolidada, foram determinantes para o fortalecimento da indústria ao longo dos anos.
Um dos pilares dessa força econômica é a indústria petroquímica, presente em todas as regiões do estado e em mais da metade dos 92 municípios fluminenses. De acordo com a Firjan, esse setor gera cerca de 25 mil empregos formais no estado. Nesse contexto, a presença de empresas como a Braskem, líder nas Américas na produção de resinas termoplásticas e biopolímeros, tem sido fundamental para o desenvolvimento do setor.
Hoje, 12,55% das resinas termoplásticas de polietileno (PE) e polipropileno (PP) consumidas no Brasil são produzidas nas unidades da Braskem no Rio de Janeiro. Essas resinas abastecem diversas outras indústrias, como as de alimentos, embalagens, construção civil, têxtil, saúde e automobilística. Além disso, 14,83% da produção dessas resinas no estado é destinada à exportação, contribuindo para o saldo da balança comercial e para a internacionalização da indústria nacional.
Presente no Polo Petroquímico de Campos Elíseos, em Duque de Caxias, um dos principais polos industriais do estado, cuja arrecadação responde por cerca de 65% do orçamento do município, a Braskem utiliza o etano, propano e propeno, como principais fontes de matéria-prima para sua produção e tem capacidade instalada na ordem de 840 mil toneladas por ano de resinas termoplásticas no estado do Rio de Janeiro. A companhia é um elo estratégico na cadeia do plástico fluminense, que conta ainda com grandes players como a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e cerca de 480 empresas transformadoras de plástico.
O impacto da indústria petroquímica no Rio de Janeiro não é apenas econômico, mas também social. O setor gera empregos qualificados e oportunidades em diversas áreas técnicas e de engenharia. Somente na Braskem, são cerca de 400 integrantes, um pouco mais de 1000 terceiros e mais de 100 fornecedores locais ativos, fortalecendo a economia e os negócios da região.
Ainda, em 2024, a Braskem apoiou 14 projetos socioambientais no estado do Rio de Janeiro, beneficiando diretamente mais de 6.000 pessoas. Os temas vão desde capacitação profissional até iniciativas de educação ambiental, reforçando o papel da indústria como agente de transformação social.
A transição energética e as mudanças climáticas também estão no centro das estratégias da Braskem. A meta é reduzir em 15% as emissões de CO₂ até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. No Rio de Janeiro estamos em implementação de um Projeto de água de reuso, o qual vai garantir que nossa operação seja no futuro próximo efluente líquido zero através do consumo dessa água, reafirmando assim nosso compromisso com o Meio Ambiente.
O caminho para a Sustentabilidade a ainda por avanços em economia circular, reciclagem mecânica e química, desenvolvimento de produtos renováveis e o uso crescente de fontes de energia limpa, como solar e eólica — que já fazem parte do portfólio energético da empresa. A meta é que, até 2030, 100% da energia elétrica utilizada seja proveniente de fontes renováveis.
É fundamental reconhecer o papel do setor petroquímico no desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro. Por isso, seguimos fortalecendo essa cadeia produtiva, gerando emprego, renda, inovação e desenvolvimento. Celebrar o Dia da Indústria é valorizar o progresso, o potencial do nosso estado e o impacto positivo que a indústria tem na vida das pessoas.

Sergio Saccomandi de Souza é diretor industrial da Braskem Rio de Janeiro