Quati pega lanche de turista distraído no Cristo Redentor Reprodução / Redes sociais


Rio - Um quati foi flagrado, neste domingo (26), "roubando" o sanduíche de uma turista que visitava o monumento do Cristo Redentor, no Corcovado, Zona Sul do Rio. Imagens que circulam pelas redes sociais mostram a rápida ação do animal.  
No vídeo, é possível ver o bichinho à espreita, como quem não quer nada, observando a sua "vítima". Em seguida, ele escala uma grade com extrema agilidade, sobe em uma mesa, pega o lanche e sai calmamente. A mulher fica sem reação.
O quati "usurpador de comida" é da espécie cauda-anelada, vista com frequência no Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Corcovado. Considerado sociável e de hábitos diurnos, é um mamífero, que pode chegar a um metro. No seu cardápio usual, estão insetos, frutos e flores.
Alerta

Segundo profissionais que trabalham no Cristo, cenas como essa são comuns no monumento. E embora não tenha sido o caso, já que foi o quati que pegou o sanduíche, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) alerta que dar água ou comida a animais em um parque nacional viola regras de visitação do local.
O veto à alimentação aos animais inclui até cascas de frutas, que muitos podem avaliar como inofensivas. Especialistas afirmam que esse material orgânico pode levar até dois anos para se decompor, além de possivelmente carregar herpes humana. O uso das lixeiras do parque para o descarte desse lixo é permitido, obviamente, mas o ideal é levar o que sobrou para fora da área ambiental protegida.
O ICMBio destaca ainda que não se deve romantizar a alimentação da fauna selvagem e que a proximidade entre humanos e animais silvestres é prejudicial para ambos. No caso dos bichos, eles podem ser contaminados ou envenenados por alimentos, além de deixar de desempenhar funções naturais, como espalhar sementes de frutos e caçar pequenos animais, o que prejudica o ecossistema. Quanto aos homens, há o risco de eventuais ataques e transmissões de doenças.
Outra ressalva do instituto é que a tendência é animais selvagens manterem distância dos humanos, como instinto de proteção, e que uma aproximação representa que ele está mal acostumado. A recomendação é um afastamento mínimo de 10 metros.