Paciente diz que foi abusada sexualmente no Hospital Getúlio Vargas, na PenhaArquivo/Agência O Dia

Rio - A paciente que acusa um técnico de enfermagem de estupro no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Zona Norte do Rio, afirmou ter sido dopada e ameaçada para não denunciar o abuso. Em depoimento na 22ª DP (Penha), nesta quinta-feira (15), a vítima detalhou o ocorrido e relatou que o profissional terceirizado a ameaçou, dizendo que injetaria um líquido em seu corpo caso ela revelasse o crime.
Segundo a denúncia, o técnico teria oferecido dois comprimidos, alegando que seriam para controlar a pressão arterial. Ainda de acordo com o relato da vítima, o homem tocou as partes íntimas dela, colocou o órgão genital na boca dela e ejaculou. Horas depois, ela conseguiu acionar uma equipe médica de plantão, que imediatamente chamou a polícia. 
O profissional foi preso em flagrante por estupro de vulnerável e foi desligado do hospital. A paciente também guardou o esperma dentro de um copo com água e entregou o material para a polícia, que agora faz a perícia do líquido. Além disso, os investigadores ouvem testemunhas, entre elas funcionários do Getúlio Vargas, para esclarecer o crime.
A mulher está internada na unidade desde que sofreu um acidente de trânsito, que causou lesões na perna. A vítima aguardava por uma cirurgia no hospital.
Confira, na íntegra, a nota da Secretaria de Saúde do Rio:
"A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) e a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV) repudiam o episódio denunciado por familiares da paciente envolvendo um profissional terceirizado que atuava na unidade.
Assim que tomou conhecimento do caso, na manhã desta quinta-feira (15), a direção do hospital acionou a polícia, comunicou à Secretaria e à Fundação Saúde, gestora da unidade, para que todas as medidas cabíveis fossem adotadas. Uma equipe do hospital acompanhou a família na delegacia. A Fundação Saúde já determinou à empresa terceirizada o desligamento imediato do funcionário.

A Secretaria está à disposição das autoridades policiais para colaborar com as investigações. Uma equipe multidisciplinar foi designada para prestar apoio e acompanhamento psicológico à paciente e à família."