Os principais sintomas da endometriose são cólicas menstruais intensas e a dor pélvica crônicaReprodução/internet

Olá, meninas!
Precisamos conversar sobre um assunto sério que, infelizmente, ainda é cercado de silêncio: a endometriose. Eu sei, nem sempre é fácil falar sobre dor, desconforto e todas as marcas invisíveis que essa doença deixa em tantas mulheres. Mas justamente por isso, precisamos romper esse silêncio.

A endometriose acontece quando o tecido que normalmente reveste o útero cresce fora dele, afetando ovários, trompas, intestino e até a bexiga. Esse tecido, mesmo fora do lugar, responde aos hormônios do ciclo menstrual, gerando inflamação, dor intensa e, em muitos casos, dificuldades para engravidar. O problema é que, por muito tempo, aprendemos a normalizar a dor. Quantas vezes você já ouviu (ou até disse para si mesma) que cólica é “coisa de mulher” e que era só aguentar firme? 
Só que a endometriose não é apenas uma dorzinha chata. É uma doença crônica que pode afetar a qualidade de vida de forma brutal. Estamos falando de mulheres que precisam faltar ao trabalho, que cancelam compromissos, que se afastam das relações afetivas porque a dor simplesmente domina tudo. E não para por aí: quando não tratada, a endometriose pode evoluir para problemas mais graves, como alterações intestinais e urinárias, comprometimento da fertilidade e, claro, um impacto emocional profundo.

O mais frustrante é que muitas mulheres am anos em busca de um diagnóstico. Isso acontece porque a doença ainda é pouco compreendida por boa parte dos profissionais e porque nós, mulheres, muitas vezes demoramos a buscar ajuda, por vergonha ou por achar que estamos exagerando. Por isso, eu te digo com carinho: se você sente cólicas incapacitantes, dor nas relações sexuais, sangramento intenso ou alterações intestinais no período menstrual, não ignore. Procure um ginecologista que tenha experiência com endometriose e exija investigação.

A boa notícia é que existem tratamentos. Podem incluir medicamentos hormonais, fisioterapia, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, cirurgia. Cada caso é único, mas o ponto em comum é que quanto mais cedo o diagnóstico, melhores são as chances de controlar a doença e recuperar qualidade de vida.

Gostaram das dicas? Espero por vocês no programa Vem com a Gente, transmitido ao vivo de segunda a sexta, a partir das 13h40. Siga também o meu perfil no Instagram (@gardeniacavalcanti).