Rio - Vivi Noronha, mulher do MC Poze do Rodo, afirmou que ela e os amigos foram tratados como 'bandidos' durante a operação da Polícia Civil contra o núcleo financeiro do Comando Vermelho, responsável pela lavagem de mais de R$ 250 milhões, na manhã desta nesta terça-feira (3). No Instagram do marido, a influenciadora e empresária desabafou sobre a situação e fez uma série de questionamentos ao governador Cláudio Castro.
fotogaleria
"Vivi aqui. Estou sem meu insta vou me comunicar pelo do Marlon (Poze). Hoje, mais uma vez, minha casa foi violada e eu, minha família e amigos fomos tratados como bandidos e tivemos nossa privacidade invadida", iniciou Vivi.
"Alguém acredita que foi por acaso essa operação? Logo no dia que vão soltar o Marlon e um dia depois de eu denunciar as atrocidades que a polícia vem fazendo, o caso do sumiço dos ouros e a humilhação racista e desnecessária a qual eles nos expam no dia da prisão do Marlon?", continuou.
E ela não parou por aí: "Alguém acredita que os vídeos editados que a polícia fez nesses últimos dois dias foram por acaso? Isso faz parte do respeito ao sigilo das investigações".
Vivi, então, questionou o governador Cláudio Castro. "É para isso que a polícia do RJ existe? Perseguir trabalhador e favelado", finalizou.
Entenda
Agentes da Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão na residência de Vivi e Poze, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, em outros pontos do Rio e também em São Paulo, nesta terça, em uma operação contra lavagem de dinheiro do Comando Vermelho.
De acordo com as autoridades, Vivi Noronha e sua empresa figuram como beneficiárias diretas de recursos da facção, recebidos por meio de pessoas interpostas (“laranjas”) com o objetivo de ocultar a origem ilícita do dinheiro. As análises financeiras apontam que valores provenientes do tráfico de drogas e de operadores da lavagem de capitais do CV foram canalizados para contas bancárias ligadas à mulher, que ou a ser um dos focos centrais do inquérito.
A posição dela, segundo os agentes, na estrutura criminosa é simbólica, pois representa o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital, "conferindo aparente legitimidade a valores oriundos do crime organizado e ampliando o alcance da narcocultura nas redes sociais".