Ranulfo Vidigal avalia a posição de Campos no ranking de abertura de empresas e aponta motivadores Foto Divulgação

Campos – Medidas adotadas pelo governo municipal são apontadas como principais responsáveis por Campos dos Goytacazes estar posicionada, segundo a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja), entre as seis cidades que mais constituíram empresas nos últimos quatro anos, em nível estadual. A avaliação é do diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o economista Ranulfo Vidigal.
De acordo com a Jucerja, somente neste ano, Campos constituiu 761 novos negócios, e nos últimos quatro foram mais de 6.630 empresas abertas. Vidigal observa que a localização estratégica do município, próxima ao Porto do Açu (instalado em São João da Barra) e de rodovias federais e estaduais que favorecem a logística, contribuem para que Campos se mostre um polo do crescimento econômico.
O diretor destaca que os incentivos que o governo municipal disponibiliza para atrair os novos negócios são fundamentais: “A rapidez e desburocratização na abertura de negócios e o crédito do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam) para os pequenos empreendimentos - exemplo recente é a troca da frota de taxistas - são outros incentivos. Há ainda a capacitação e intermediação de força de trabalho”.
Vidigal enfatiza que Campos é um polo de logística, pela proximidade com as rodovias federais e estaduais: “Temos um mercado consumidor de 700 mil habitantes, além de mão de obra treinada pelas universidades, entre outros aspectos”. Focado nas iniciativas que estão sendo projetadas, ele ite que o futuro tende a ser mais promissor para o município.
EXPECTATIVA - “Mais jovens empresários estão dispostos a assumir riscos e abrir novas pequenas e médias firmas, cujo resultado é impactar positivamente na empregabilidade na cidade”, comenta. Segundo o econmista, não são poucos os fatores que reforçam a posição de destaque do município no crescimento econômico e potencial de novas iniciativas empresariais.
“Entre 2021 e março último, a cidade gerou 14,3 mil vagas formais, sendo 70% nos serviços”, assinala acentuando: “No mês de março deste ano Campos possuía 81.967 pessoas contratadas por CLT; 14.762 estatuários; 96.729 assalariados e 19.889 empresários, o que configura uma massa salarial de R$ 195 milhões/mês no setor privado”.
O economista lembra que, recentemente, o prefeito Wladimir Garotinho anunciou que Campos vai sediar o primeiro projeto no Brasil de energia solar com armazenamento por baterias, por meio do sistema off-grid (que oferece mais autonomia à população que não tem o à rede elétrica tradicional): “São mais de R$ 2 bilhões em investimentos com geração de três mil empregos. O projeto será desenvolvido pela empresa Natural Energia”, conclui.