Frederico Paes afirma que está animado pela questão da produtividade agrícola no município Foto César Ferreira/Divulgação

Campos – Com projeção de gerar mais de três mil empregos diretos (de um total de cinco mil previstos no setor no período de moagem) em Campos dos Goytacazes (RJ), nesta terça-feira (27) a Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro) iniciou a 23ª safra da cana-de-açúcar. A expectativa é moer cerca de 900 toneladas, segundo o presidente da empresa e vice-prefeito de Campos, Frederico Paes.
Uma missa de ação de graças, celebrada pelo padre Wallace Azevedo, marcou o momento, que contou com as presenças de várias personalidades, entre elas o casal de ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony e Rosinha Garotinho. Segundo Paes, produção de cana-de-açúcar injeta na economia do município cerca de R$ 400 milhões por ano.
“A gente teve um período de seca no mês de fevereiro e tinha uma perspectiva até de queda da safra, mas nos últimos três meses tivemos chuvas boas”, observa o vice-prefeito acentuando: “Estamos animados pela questão da produtividade agrícola, que deve ser mantida, que foi razoável no ado e que acreditamos que pode melhorar; a produção da Coagro será dividida entre o açúcar e o etanol”.
Paes explica que a Coagro está contratando em torno de duas mil pessoas: “Acreditamos que, já a partir do mês de julho, tenhamos três mil pessoas trabalhando para a safra. Isso mostra a força ainda da cana-de-açúcar na região. Existe a Canabrava também moendo já, gerando outros dois mil empregos”.
O secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca, Almy Junior, destaca a referência histórica da produção de cana em Campos: “Não podemos esquecer a importância da atividade econômica da cana-de-açúcar para a nossa região. Além de histórica, é a principal atividade econômica que gera emprego, renda e produtos de qualidade para a natureza humana”.
SETOR ESTÁ VICO - Outro fator ressaltado pelo secretário: “A cana é um investimento importante que a por um processo de transformação a um ambiente mais tecnológico”. O presidente do Sindicato da Indústria Sucroenergética do Estado do Rio de Janeiro (Siserj) e proprietário da Usina Paraíso, Geraldo Coutinho reforça que o setor tem mostrado resiliência.
Coutinho enfatiza que o reinício de safra é um momento muito importante: “Um recado que a gente a a todos aqueles que torcem a favor é que podem acreditar que o setor está vivo, está forte, vai permanecer como uma importante fonte de geração de emprego e renda na região”. O presidente da Associação Norte Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan), Tito Inojosa, resume a expectativa para a safra.
“Nós estávamos preocupados com a falta de chuva, mas graças a Deus tivemos uma chuva que não é normal de março para cá e isso diminuiu a quebra de safra”, resume Inojosa concluindo: “Acreditamos em uma quebra de safra em torno de 30%, então vai ser parecida com a do ano ado”.