As aulas acontecem todas às segundas-feiras, das 9h às 11h, na Casa do ProfessorDivulgação
A rede municipal de ensino tem cinco professores e 28 alunos com deficiência visual. Em torno de 20 educadores se aperfeiçoaram em curso na área da deficiência visual. Essa pareceria foi feita entre a Casa do Professor, Instituto Bejanin Constant e setor da Educação Especial/ Inclusiva. O foco da formação foi os professores do Atendimento Educacional Especializado para dar e aos estudantes nas especificidades educativas necessárias para o processo de inclusão com aprendizagem.
Os professores estão se aperfeiçoando com o Braille, tradicionalmente escrito em papel relevo, onde os usuários podem ler em telas de computadores e em outros es eletrônicos. Já o Soroban é um recurso educativo específico para aprendizagem de cálculos matemáticos usado por estudantes com deficiência visual. Na próxima etapa, os professores vão aprender sobre o Dosvox, sistema computacional, baseado no uso intensivo de voz, que se destina a facilitar o o de deficientes visuais a computadores.
"Os professores necessitavam dessa capacitação, por isso trouxemos eles para a Casa do Professor e montamos um programa com esses cursos. Trabalhamos com a inclusão não só do aluno, mas também com a do professor, que pode se tornar multiplicador, capacitando outros educadores. Depois de formados, eles podem participar de palestras em escolas. Esses professores que estão sendo capacitados podem, por exemplo, dar e em outras secretarias do município", afirmou a gerente da Educação Especial e Inclusiva de Nova Iguaçu, Natália Araújo de Sá.
O curso é ministrado pela professora Ana Leite de Sousa, de 66 anos, que nasceu com deficiência visual total. Formada em educação inclusiva e psicopedagogia, além do curso de formação para professores especiais, ela conta que capacitar outros professores cegos é um gesto de amor.
"Não é só pelo ensino, é mais que isso, é um gesto de amor. Consigo levantar a autoestima deles para que fiquem cada vez mais atualizados e capacitados. Esses cursos são importantes, como o braile, por exemplo. Mesmo com o notebook, ele não vai deixar de existir, tanto que estão marcados nas caixinhas dos remédios", lembrou.
Há um mês no curso, o professor Max Moraes da Silva, de 34 anos, que aos 15 perdeu a visão por causa de uma síndrome chamada Vogt-Koyanagi-Harada, é um dos inscritos. "Vou me aperfeiçoar no Braille e Soroban para ganhar certificação e ministrar cursos. Essa capacitação é importante", enfatizou.
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