Rio - O número de Clínicas da Família fechadas por dia devido às ameaças do tráfico de drogas e violência aumentou na cidade do Rio de Janeiro em 2025. O DIA apurou, nesta quinta-feira (29), que, em média, 12 unidades de saúde suspenderam o atendimento por dia na capital. Saldo de três unidades a mais do que o informado pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, há duas semanas.
Um dos casos que mais chamou a atenção das autoridades públicas aconteceu na Clínica da Família Maestro Celestino, em Marechal Hermes, na Zona Norte. A unidade ficou com as portas fechadas por mais de um mês e só foi reaberta no último dia 18 de maio, depois que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio) solicitou apoio à Polícia Militar, que ou a reforçar o policiamento na região.
Nesta ocasião, a Clínica em Marechal Hermes ficou fechada mais de um mês e equipes foram remanejadas para outras unidades.
Em resposta à reportagem, a Polícia Militar informou que mantém contato direto e contínuo com os gestores da unidade em Marechal Hermes. "Havendo qualquer alteração, as equipes estão prontas para atuação", garantiu a corporação. Já sobre as demais unidades afetadas, a PM disse que "atua ininterruptamente para que toda e qualquer unidade de atendimento público possa atuar integralmente."
Por questões de segurança, a SMS-Rio decidiu não divulgar a lista dos locais afetados, a fim de proteger tanto os profissionais quanto os nomes das unidades.
Avanço do tráfico
Na ocasião do fechamento da Clínica Maestro Celestino, Soranz alertou para o avanço do tráfico em áreas próximas às unidades de saúde, o que vem dificultando o o da população aos serviços básicos. "É uma crescente. Várias comunidades já foram dominadas. Precisamos agir para impedir que o crime continue limitando o o da população aos serviços de saúde", afirmou o secretário, classificando a situação como grave e preocupante.
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