Nas imagens, um homem encapuzado realiza os disparosReprodução

Rio - Imagens de câmeras de segurança registraram o ataque a tiros que matou o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Nilópolis, Jorge Henrique Costa. Conhecido como Dedinho, o político foi morto na tarde desta sexta-feira (23) no centro do município da Baixada Fluminense. Na ocasião, ele chegou a ser levado ao Hospital Municipal Juscelino Kubitschek, mas não resistiu.

Na gravação, é possível ver a vítima ando pela calçada e, em seguida, um homem encapuzado atirando na direção dele diversas vezes. Na sequência, ainda com arma em punho, o suspeito saiu correndo para longe do alcance das câmeras. As imagens flagram apenas um carro branco em alta velocidade ando em frente a casa logo depois. 
Nas redes sociais, a Câmara Municipal de Nilópolis publicou uma nota de pesar pela morte de Dedinho prestando solidariedade a "familiares e amigos neste momento de dor e despedida". A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o crime.
Preso por tentativa de homicídio
Em 2022, Dedinho teve o seu registro de candidatura a deputado federal, pelo PSD, indeferido por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Na ocasião, a Corte constatou que ele estava com os direitos políticos suspensos devido à condenação no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) por ter mandado matar, sem sucesso, o vereador e policial civil Roberto de Barros Batista. Ele foi preso em 2019 durante a operação Dedo Podre pelo planejamento do assassinato.
Betinho seria um adversário político de Jorge Henrique. A desavença entre os dois começou após Dedinho antecipar a eleição para o comando da Câmara de Vereadores. Isso teria irritado o vereador, que protocolou na Justiça um pedido para barrar a votação.
De acordo com as investigações, em represália, Dedinho mandou Ronaldo contratar Fernando Boia de Faria para cometer o assassinato por R$ 200 mil. Fernando terceirizou os serviços para uma outra pessoa, mas o plano não deu certo. Essa pessoa revelou o plano para o próprio Betinho, dizendo que Fernando foi contratado por Ronaldo para executá-lo.
Fernando acabou sendo morto pela própria organização por não ter conseguido matar Betinho. O motorista dele sofreu uma tentativa de homicídio.