O general Effie Deffrin, porta-voz do Exército de Israel, disse que o Irã lançou nesta sexta-feira, 13, mais de 100 drones sobre o território israelense nas últimas horas, em retaliação ao ataque que atingiu Teerã e outros diversos alvos iranianos.
"Todos os sistemas de defesa estão agindo para interceptar as ameaças", afirmou Deffrin.
O general informou ainda que Israel utilizou mais de 200 caças na ofensiva. Os aviões estavam equipados com mais de 330 diferentes tipos de munições, segundo o porta-voz.
“Agora que o regime terrorista que ocupa Al Quds (Jerusalém) cruzou todas as linhas vermelhas, não há limites na resposta a este crime”, afirmou o Estado-Maior do Exército do Irã em um comunicado.
Declaração de guerra
O Irã afirmou que os ataques de Israel contra suas instalações militares e nucleares são uma "declaração de guerra" e pediu medidas ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em uma carta dirigida às Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, qualificou o ataque como uma "declaração de guerra" e "pediu ao Conselho de Segurança que aborde o tema de maneira imediata", informou a pasta.
Mortes no ataque
O Irã confirmou que o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, morreu nos ataques de Israel contra o Irã. Ele era uma das figuras mais poderosas do setor militar iraniano. O falecimento dele pode representar uma escalada no conflito.
"Se cometerem o menor erro, abriremos as portas do inferno para vocês", advertiu no mês ado, ao comentar a possibilidade de um ataque de Israel ou dos Estados Unidos.
Nascido em 1960, Hossein Salami aparecia com frequência na televisão com discursos exaltados, repetindo a narrativa que os líderes iranianos apresentam regularmente contra Israel.
Além de Salami, a imprensa iraniana noticiou ainda a morte do Major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e o segundo mais alto oficial militar do país. O general Gholamali Rashid, vice-comandante das Forças Armadas, também foi morto.
Ao menos seis cientistas nucleares também morreram nos ataques, informou a imprensa iraniana.
"Abdolhamid Minouchehr, Ahmadreza Zolfaghari, Amirhossein Feqhi, Motalleblizadeh, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoun Abbasi foram os cientistas nucleares martirizados no ataque de Israel", anunciou a agência de notícias Tasnim.
Mohammad Mehdi Tehranchi era o presidente da Universidade Islâmica Azad do Irã e Fereydoun Abbasi foi diretor da Organização de Energia Atômica do país.
Os ataques atingiram múltiplos alvos no Irã, incluindo edifícios residenciais em Teerã, além de uma instalação crucial de enriquecimento nuclear no centro do país.
Pelo menos 95 pessoas ficaram feridas, indicou um funcionário da televisão estatal iraniana.
“Por enquanto, 95 pessoas ficaram feridas e foram levadas aos centros médicos em 12 províncias atacadas”, declarou à televisão o porta-voz dos serviços de emergência a nível nacional, Mojtaba Jaledi.
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