Sob comando de Filipe Luís, o Flamengo soma 18 pontos e é vice-líder do Campeonato BrasileiroGilvan de Souza / Flamengo
Filipe Luís explica ausência de Arrascaeta no Flamengo e culpa 'calendário cheio'
Técnico não pôde contar com o camisa 10 no empate sem gols com o Botafogo, neste domingo (18)
Rio - Técnico do Flamengo, Filipe Luís culpou o calendário pela ausência de Arrascaeta no empate sem gols com o Botafogo, neste domingo (18), pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva, ele ainda revelou que outros jogadores precisaram atuar no limite físico no Maracanã.
"Ficou bem evidente o momento, a semana. Jogamos sábado contra o Bahia e quinta-feira na Libertadores, para depois jogar domingo. É uma coisa inexplicável. Sempre falei: ter muitos jogos, calendário cheio, é um privilégio. Tem times que acaba o Estadual e não tem nada para jogar", iniciou o comandante.
"Tivemos menos de 72 horas para descansar. Enquanto a perna tá fresca, o futebol está ali. Mas do jeito que está, o torcedor se acostume, os melhores não vão estar no campo. Hoje não conseguimos ter o Arrascaeta, não tem condição de jogar. Bruno Henrique no sacrifício, Alex Sandro no limite, zagueiros no limite", complementou.
O treinador também analisou a atuação rubro-negra durante os 90 minutos: "Temos muitos desfalques, que não servem como desculpa. O adversário nos causou dificuldade e diria que foi um primeiro tempo equilibrado. No segundo, a partir do minuto 15 em diante, eu perdi a mão do jogo, ficou um pouco caótico. Posições não estavam sendo respeitadas e já não era o que eu gosto".
Com o resultado, o Flamengo chegou aos 18 pontos e ficou na vice-liderança do Brasileirão - são quatro pontos de desvantagem para o Palmeiras, primeiro colocado.
Agora, o Rubro-Negro vira a chave para a Copa do Brasil: enfrenta o Botafogo-PB, quarta-feira (21), às 21h30 (de Brasília), no Maracanã, pelo embate de volta da terceira fase do torneio. O Rubro-Negro joga pelo empate para avançar às oitavas.
. Fase de Rossi: "É importantíssimo para nós. Goleiro tem que ser bom debaixo do gol com a mão e, depois, nos dar a facilidade com a saída. Está num grande momento".
. Wesley: "Todos oscilam durante um ano, não existe o jogador que vai jogar sempre bem, ainda mais aqui com 80 jogos, sem descanso e pressão absurda. Wesley tem 21 anos e é normal ar por momento de oscilação. É um menino que gosta de escutar e de treinar. Viveu um ano muito intenso no ano ado, foi convocado, imagine como a cabeça não deve estar um turbilhão com o mercado europeu especulando o nome dele? Eu já gostei do jogo dele hoje, mas quando a equipe toda baixa, todo mundo acaba baixando. Com o tempo, o Wesley vai retomar as boas atuações que vinha tendo".
. Falta de efetividade: "Colocar a bola para dentro é o que falta. Tem vezes que estamos mais inspirados e em outras não. Eu dou todas as soluções, saídas e progressões para eles chegarem ali. Há times que defendem com muito mais qualidade, em outros conseguimos entrar com mais facilidade. Fazemos um estudo para ver como o adversário defende, e os jogadores tem que resolver. A única forma é botar a bola para dentro".
. E Rodrigo Caio?: "O Rodrigo não está sentando no banco ainda porque acabou de chegar e estamos adaptando. Temos o Marcinho, que tem muita experiência e pode ajudar. Ele faz parte da equipe de análise de bola parada e também é um auxiliar do clube. Tem as funções que o para ele e principalmente liderando a parte da bola parada com outros companheiros".
. De la Cruz mais à frente?: "Se eu coloco o Nico de meia hoje, jogo sem volante porque só tinha ele e Everrton. Gerson tava suspenso, e Erick e Allan, machucados. Não tínhamos volantes. Aonde o jogador gosta de jogar? Aonde se sente mais cômodo? Perguntei para ele. Volante, jogando de frente, construindo. A melhor versão do Nico é de volante, onde faz o time jogar. Ele nos dá tanta criação e saída de pressão por vantagem qualitativa, para que eu vou improvisar? Para que vou tirar do melhor lugar? É como se eu fosse tirar um zagueiro, por exemplo o Léo Ortiz, que é um dos melhores zagueiros do Brasil, e colocá-lo de volante ou de lateral. Eu estaria tirando o que a nossa equipe tem de melhor, que é a fase de estabilidade dos zagueiros, laterais e dos dois volantes, para fazer uma coisa que não eu não teria certeza se daria certo."
"Pontualmente, se precisar, com certeza ele vai fazer e vai ter qualidade para fazer. Não o vejo como o último e, que é o que Arrascaeta tem e que jogadores que jogam nessa posição costumam ter. Mas que ele pode fazer? Não tenho nenhuma dúvida".
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