Bruno Henrique no jogo entre Flamengo e JuventudeAdriano Fontes/Flamengo
Caso Bruno Henrique: Justiça nega sigilo e autoriza entrega de provas
STJD receberá as informações da Polícia Federal e pode instaurar inquérito
A Justiça do Distrito Federal negou o pedido de parentes de Bruno Henrique para decretar sigilo na investigação que apura se o jogador beneficiou apostadores pelo cartão amarelo tomado no jogo entre Flamengo e Santos, válido pelo Brasileirão de 2023. A informação é do "ge".
A Polícia Federal recebeu autorização do juiz Fernando Brandini Barbagalo para compartilhar as provas com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que pode instaurar um inquérito contra Bruno Henrique.
Além disso, a Justiça do Distrito Federal rejeitou um pedido do próprio atacante do Rubro-Negro para que reconsiderasse a decisão de autorizar o compartilhamento das mesmas provas com a I da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas.
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal em abril por supostamente beneficiar apostadores ao tomar um cartão amarelo no jogo contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023. Ele foi indiciado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que fala em "fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado".
Além do jogador do Flamengo, também foram indiciados o irmão Wander Nunes Pinto Júnior, Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Bruno Henrique e o irmão vão responder por fraude, enquanto o restante por estelionato. Existe ainda um segundo núcleo de apostadores sob investigação, que seriam amigos do irmão do jogador.
As investigações começaram em agosto do ano ado. Três casas de apostas alegaram movimentações suspeitas relacionadas ao cartão amarelo recebido por Bruno Henrique. Uma delas apontou que 98% de todas as apostas de cartões daquela partida foram direcionadas para o jogador do Flamengo.
O Ministério Público do Distrito Federal recebeu o relatório de 84 páginas da Polícia Federal e deve formalizar a denúncia contra o atacante do Flamengo. A partir daí, a Justiça do DF decidirá se tornará o atleta réu ou não.
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