Zagueiro Léo Pereira concedeu entrevista na sexta-feiraAdriano Fontes/Flamengo

Rio - Léo Pereira descartou qualquer tipo de pressão vinda com a nota do Fluminense, que fez críticas à arbitragem do primeiro jogo da final do Carioca. O Tricolor disse que não houve interferência no resultado, mas viu "graves erros" e pediu que o juiz da volta conduza a partida "com imparcialidade". Na entrevista coletiva que concedeu nesta sexta-feira (14), o zagueiro do Flamengo destacou que o time vai entrar em campo para jogar futebol e se concentrar em fazer um bom trabalho.
"A gente descarta qualquer tipo de pressão que venha seja de arbitragem ou de alguma nota do Fluminense. A gente vai entrar em campo para jogar futebol, e é isso que a gente vem fazendo nas últimas partidas. E basicamente se concentrar naquilo que podemos controlar. Já falei em outras entrevistas que temos que nos concentrar no nosso papel dentro de campo. Não conseguimos controlar juiz, torcida e dirigentes que estão fora", disse Léo Pereira.
"Temos que nos concentrar naquilo que podemos controlar, que é fazer um bom trabalho, fazer aquilo que a gente vem treinando diariamente. O resultado é consequência. Acho que a gente vem fazendo um bom trabalho, e por isso que estamos saindo vitoriosos das últimas partidas, dos últimos clássicos. Isso é importante para nos dar confiança nesse começo de temporada", completou.
Flamengo e Fluminense voltam a se enfrentar no domingo (16), a partir das 16h, no Maracanã. Como venceu por 2 a 1 na ida, o Rubro-Negro joga por um empate para ser campeão. A lição do primeiro jogo que fica para o Fla, na visão de Léo Pereira, é valorizar mais a posse para não entregar a bola ao Flu e proporcionar contra-ataques.
"Primeiro jogo foi bastante disputado. Um clássico que tem muita história. Então, qualquer lance tem que ser disputado ao máximo para que as duas equipes se imponham dentro de campo. Isso que tentamos mostrar, jogar ao modo Flamengo e competindo bastante. Acho que clássico tem que ser jogado assim, disputado cada jogada ao máximo", analisou Léo Pereira.
"Podemos tirar de lição alguns momentos em que entregamos a bola para o adversário, em que não caprichamos no e. Acho que foi a principal lição que temos que tirar. Valorizar melhor essa posse de bola para não dar contra-ataque para eles. No mais, é jogar como a gente vem jogando, com a bola, para frente e buscando a vitória", concluiu.

Veja mais declarações de Léo Pereira

Léo Pereira é zagueiro do Flamengo - Adriano Fontes/Flamengo
Léo Pereira é zagueiro do FlamengoAdriano Fontes/Flamengo
GOL DO FLUMINENSE NO FIM
"Cada um aqui dentro se cobra muito, porque a gente sabe da exigência que é jogar no Flamengo. A partir do momento que tomamos um gol ali, todo o sistema defensivo... A gente se cobra porque, de repente, dava para evitar, marcar melhor. No final do jogo, acabei ficando p*** com a situação, mas é mais um desabafo".
"É o momento que você tem para desabafar. A partir do momento que a gente fecha ali no final do jogo, dentro do vestiário e vai para casa, já tem que pensar em como ajustar esses detalhes, em como se recuperar e se preparar para o próximo jogo. A gente fica triste e frustrado pelo gol, mas temos que trabalhar muito bem, principalmente o psicológico, para que não deixe nos abalar esse momento".
VIRADA DO FLU EM 2023
"Eu estava aqui, estava dentro de campo. A gente fez 2 a 0 no primeiro jogo e sofremos a virada (na volta, com derrota por 4 a 1). Acredito que todo mundo deve pensar dessa maneira, que não tem nada decidido, até porque tem uma equipe muito qualificada do outro lado, uma equipe que trabalha muito forte. E com certeza esse gol tirou um gol de vantagem que a gente tinha".
"Era importante, não vou mentir. Mas vamos da mesma maneira como se fosse 2 a 0. A gente entraria da mesma maneira, jogar para frente para vencer. Acho que esse tem que ser o pensamento. Esquecer o jogo ado, a gente joga um jogo de cada vez. Agora são 90 minutos para firmar que o Flamengo e que merece esse título". 
CONFUSÃO DEPOIS DO APITO FINAL
"Juro para você que nem vi. Estava falando com o Léo (Ortiz) um detalhe, coisas do jogo. Confesso que nem vi. Depois, no replay lá em casa vi. É algo que a gente não controla. O juiz tomou a decisão dele. Deu para ver no lance muito claro que o Luiz (Araújo) colocou o braço para trás e toma o empurrão, acho que com o cotovelo. Quem tem que julgar é o juiz, não somos nós".
"Como eu falei, temos que nos policiar e controlar aquilo que a gente pode. O Luiz agiu de forma correta em apenas escutar o que o adversário tinha para falar. Ele tomou um empurrão e ficou quieto. O jogo tem que ser jogado dentro dos 90 minutos e não depois. Acho que é desnecessário qualquer tipo de confusão que tenha, porque isso acaba atrapalhando o espetáculo".
TRÊS ZAGUEIROS NO FUTURO?
"Treinamos algumas vezes, mas bem pouco. A gente tem um esquema que às vezes a gente abre ali para sair a bola com três defensores, normalmente um volante ou o lateral caindo pelo lado. Treinamos poucas vezes".