Sob o comando de Renato Paiva, Botafogo é o 3º colocado do Grupo A, com seis pontosVítor Silva / Botafogo

Técnico do Botafogo, Renato Paiva enalteceu a postura dos jogadores na vitória por 2 a 1 sobre o Carabobo, na Venezuela, nesta terça-feira (6), pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. O Glorioso saiu na frente, viu o adversário empatar e conseguiu buscar os três pontos nos minutos finais. 
"Como eu esperava, um jogo difícil. Uma equipe que nos últimos oito jogos só perdeu contra o Botafogo. Uma equipe que obviamente é organizada, tentou jogar no nosso erro, tentou jogar no contra-ataque com os jogadores muito rápidos na frente. Eu acho que foi uma vitória justa, não deixando de elogiar a organização do nosso adversário. Pelo momento que nós atravessamos, a nossa preocupação neste momento é ganhar e somar pontos", analisou o treinador em entrevista coletiva.
"Nós controlamos bem o adversário e depois que começamos a ganhar, o mesmo problema de sempre: não fechar o jogo. Não conseguimos fazer o segundo gol e andamos ali à mercê do que possa acontecer e do que acabou por acontecer. Depois destaco a personalidade, a reação e o caráter dos jogadores que foram atrás de uma vitória que era fundamental. Conseguimos", complementou.
Quem saiu do banco também recebeu elogios do comandante: "Ajudaram bastante, mesmo com as baixas todas que temos, foi uma resposta muito positiva. Não é fácil entrar num jogo desses e ainda levamos o empate, com o time deles indo ainda mais para trás, o que nos levou a mexer taticamente na equipe para encontrar uma forma, não digo suicida, mas muito arriscada de atacar, que acabou por resultar". 
A vitória foi a primeira do Botafogo fora de casa sob o comando de Renato Paiva. Até esta partida, o Glorioso ainda não havia nem sequer marcado gols longe do Rio de Janeiro. 
Com o resultado, o Alvinegro chegou aos seis pontos e se manteve na terceira posição do Grupo A. Neste momento, está empatado com o Estudiantes, da Argentina, e tem um de desvantagem para a Universidad de Chile. As equipes se enfrentam na noite desta quarta-feira (7).

Confira outras respostas de Renato Paiva

. Pressão da torcida: "Esse escudo te dá a pressão todos os dias. Não há como. E o futebol é isso. Pressão, pressão, pressão. Se não ganha, te cobram, querem que ganhem, e isso não é só no Brasil, é em todo lugar. É universal. Eu tenho que focar em fazer o meu trabalho. Se a pressão influenciar no meu trabalho eu não posso estar aqui, tenho que sair. Tenho que fazer o meu trabalho consciente, também quando os resultados são piores. O exterior tem direito a falar o que quiser, o que me preocupa é o interior. São meus jogadores, encontrar soluções e seguir trabalhando. É a única coisa que posso fazer para sair desses momentos difíceis". 
. Desempenho do time: "Gostei em alguns momentos. Não foi um Botafogo completo durante os 90 minutos. Houve trechos em que jogamos muito bem, outros em que jogamos bem e também momentos em que não jogamos tão bem. Especialmente no início do segundo tempo, demos espaço para o Carabobo se aproximar mais da nossa área com bolas longas. Estávamos preparados para isso, mas mesmo assim eles conseguiram chegar e, com cruzamentos ou em uma bola parada, como acabou acontecendo, fizeram o gol. Essa parte não me agradou tanto".
. Ausência de Savarino: "Ele é um jogador que tem características muito únicas, e nós, no elenco, não temos outro com essas mesmas características. Então, não é simplesmente pela ausência do Savarino, porque vamos jogar com 11 jogadores, mas pela ausência de um atleta com qualidades diferentes de todos os outros. Quando falta esse jogador, é preciso mudar algumas coisas na estrutura, na tática e até na estratégia para a partida. Deixa de haver um gerador, um criador de jogadas, especialmente entre as linhas, que é uma zona do campo onde é difícil jogar ao atacar. Precisamos estar preparados para lesões, suspensões... e, se eu ficar chorando por isso, não faço meu trabalho. Eu tenho que fazer meu trabalho".