Renato Paiva também reforçou que espera reação do Botafogo na próxima rodada do BrasileiroVítor Silva / Botafogo
Renato Paiva critica desempenho do Botafogo diante do Bragantino: 'Gol inaceitável'
Técnico desaprovou atuação da equipe no Nabi Abi Chedid
Bragança Paulista - Técnico do Botafogo, Renato Paiva criticou o desempenho da equipe na derrota por 1 a 0 para o Bragantino, neste sábado (12), no Nabi Abi Chedid, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O comandante analisou a partida e destacou a insatisfação com o gol sofrido, logo aos quatro minutos, em jogada ensaiada de escanteio.
"Um jogo muito ruim da nossa parte. Acho que os erros técnicos são claramente definitivos para a nossa exibição. Nos momentos chaves para ganhar controle, erramos. Em termos coletivos, o Bragantino bloqueou nossa fase de construção. Conseguimos sair algumas vezes, mas depois não tivemos sequência, o que foi outro erro técnico", declarou o português em entrevista coletiva.
"O jogo, principalmente no primeiro tempo, é um espelho do gol que sofremos. Inaceitável. Não podemos ter a ividade que tivemos para defender", ponderou.
Renato Paiva falou sobre o cansaço do elenco, mas disse que "não pode ser desculpa". "Tiveram algumas jogadas que não somamos quatro es. Temos que reagir quarta-feira", reforçou.
A derrota encerrou uma sequência de 18 jogos de invencibilidade do Botafogo no Brasileirão. A última derrota do time havia sido em agosto do ano ado, para o Juventude, fora de casa.
Para tentar reencontrar o caminho das vitórias, o Glorioso volta a campo contra o São Paulo, na quarta-feira (16), às 18h30 (de Brasília), no Nilton Santos.
. Patrick de Paula: "A questão do Patrick faz parte do projeto que temos para recuperar um bom jogador. Neste momento é um jogador que quer isso. Estamos aqui para isso. É um jogador que está muito bem nos treinos e tem feito jogos interessantes. Hoje mereceu sua titularidade. Primeiro para refrescar alguns, estamos jogando de três em três dias. Temos jogadores atuando de forma consecutiva quase sempre. Temos feito alternância nos laterais, Igor joga quase todos os jogos, Savarino veio de lesão. Não é rodízio, mas estamos tentando encontrar o melhor encaixe na avaliação física. O Patrick jogou mais solto, não foi um 10, mas atuou mais nas costas dos marcadores. Por cansaço refrescamos a equipe".
. Alex Telles: "Foi mais vítima do que réu. A bola não chegou ao Alex Telles em momentos de tiros de meta, foi muito solicitado porque nós baixamos os laterais para jogar. Não conseguimos fazer a circulação chegar até ele. Por vezes a bola chegava ao Barboza e não o ativamos em vantagem. Isso também aconteceu com Jair, tendo Vitinho em vantagem. Se você não leva a circulação com larguras, o adversário fica tranquilo, porque não se mexe. A questão do Alex Telles não foi o desempenho, teve a ver com questão física. Eu exijo muito dos laterais, estão o tempo todo indo e vindo. Tendo o Cuiabano, que sempre entra bem, tenho que gerir bem. A mesma coisa faço com Ponte e Vitinho".
. Maior dificuldade: "Foi um adversário que jogou em casa e é muito agressivo, no bom sentido. Muito agressivo nos momentos de pressão, nos duelos e nós estivemos um pouquinho abaixo. O principal adversário para nós foi o Bragantino, jogaram bem e tiveram uma intensidade alta. Nos momentos que levamos o Bragantino para zonas mais baixas fomos precipitados, perdemos bolas que não deveríamos ter perdido. Quando conseguimos ter mais posse, a tal posse que não é de andar de um lado para o outro, geramos situações de chegar dentro da área. Não foi um jogo bom da nossa parte, temos que melhorar muitas coisas".
. O que melhorar?: "O trabalho é continuar na questão da posse de bola ser mais duradoura, completa e efetiva. Para que termine em finalizações. Não me interessa uma posse de bola em que não termine as jogadas. Não jogamos sozinhos, volto a dizer, há o mérito e também a atitude competitiva que o Bragantino teve em campo, dificultando nossa forma de jogar. Defensivamente estivemos compactos, demos poucas chances e eles fizeram um gol de bola parada que não é bola parada. É um gol que não podemos e nem devemos sofrer neste nível. Estou mais preocupado neste momento na questão ofensiva. Gerar e criar. Uma equipe que quer ser campeã tem que criar muito no gol adversário para marcar muitos gols".
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