Alisson em ação durante treino da seleção brasileiraRafael Ribeiro / CBF
São Paulo - Goleiro do Brasil, Alisson destacou a organização defensiva do time no empate sem gols com o Equador, na última quinta-feira (5), em Guayaquil. O arqueiro valorizou o começo de trabalho de Carlo Ancelotti à frente da Amarelinha e reforçou que o foco inicial era justamente a solidez defensiva.
"Acho que o mister já trouxe uma organização defensiva muito boa. Uma equipe física, de muita velocidade, que usa muito a bola longa. Demandaria da nossa equipe igualar os duelos, chegar firme, ser forte. Ele trouxe para essa primeira partida um foco, ter um sistema defensivo sólido, acredito que isso é uma base para toda boa equipe", contou o jogador em entrevista coletiva.
Apesar de mostrar certa empolgação com o italiano no comando do Brasil, o camisa 1 ressaltou a importância dos jogadores manterem os "pés no chão". "Sabemos que futebol é processo, não adianta atropelar as coisas e achar que de uma hora para outra se resolverão todos os problemas. O Ancelotti é um treinador que tem muita história no futebol, mas a expectativa é mais da parte do torcedor", analisou.
"Esperamos que o ele possa nos trazer isso, tranquilidade para que possamos trabalhar, tudo o que ele pediu para a última partida, ter uma grande atitude, comprometimento uns com os outros. Já conseguimos fazer isso, mas quanto a parte técnica e tática temos que melhorar e vamos melhorar com o decorrer do tempo", concluiu.
Com Alisson no gol, o Brasil voltará a campo contra o Paraguai, terça-feira (10), às 21h45 (de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo. Neste momento, a Seleção soma 22 pontos e ocupa a quarta posição na tabela das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Confira outras respostas de Alisson:
. Saída com os pés: "O Ancelotti gosta que o time saia jogando de trás desde o goleiro, porque o time tem qualidade para isso. Eu e os outros goleiros temos qualidade para isso. Mas ele é um treinador que não vai querer que a gente jogue de trás a todo custo. Ele tem me dado confiança para que se tiver que sair jogando, eu faça, mas que se tiver que dar um chute para frente eu tenha liberdade para fazer em campo. É o que a maioria dos treinadores faz. Não é uma regra ter que sair jogando, mas se pudermos melhor, pelas características da nossa equipe".
. Primeiros dias com Ancelotti: "Ele ainda não ou pelo trote, mas vai ar. Todo mundo a por isso, aqui dentro é regra. Tem sido muito bom, é um privilégio para nós trabalhar com um treinador como Ancelotti. Antes de trabalhar com ele na seleção só ouvi coisas boas, principalmente dos brasileiros. É algo que impressiona a todos o fato de ele se tornar treinador da seleção brasileira. No meu clube, muitas pessoas ficaram impressionadas, isso gera uma expectativa em todos".
"O que me chama a atenção é a simplicidade dele ao falar, seja no dia a dia, seja na preparação do jogo, nos treinamentos... Me chama a atenção a simplicidade como ele expõe as ideias, simples, objetivo, claro no estilo do time que ele quer. Isso facilita a compreensão. Se fala muito no nome dele, mas é todo um estafe muito bom, que tem aplicado os trabalhos com energia, feito os treinamentos com intensidade e objetivos claros. Isso faz um treinador vencedor, ele não vence sozinho, mas com um grande estafe".
. Apoio da torcida: "Eu acredito que o torcedor brasileiro tem papel fundamental no apoio. O futebol não se faz sozinho. Gosto de falar da experiência que tivemos durante a Covid, em que jogamos com o estádio vazio e evidenciamos que o futebol sem a torcida não é nada. Na Seleção não é diferente, esperamos o apoio de todos para conquistar esse objetivo de classificar para a Copa do Mundo o quanto antes. Nosso objetivo é claro de vencer a próxima partida".
. Retorno ao futebol brasileiro: "Eu tenho vontade de voltar ao futebol brasileiro, especificamente para o Inter, não posso dizer quando, mas tenho vontade. E pretendo voltar em alto nível. É isso o que tenho de planejamento, se é que isso é planejamento".
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