Robinho cometeu abuso sexual na Itália em 2013AFP
Robinho tenta novo recurso no STF contra prisão por estupro
Jogador cumpre pena no Brasil por crime cometido na Itália desde março de 2024
Rio - A defesa de Robinho entrou com novo recurso no Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (6) contra sua prisão por estupro. O ex-jogador cumpre pena no Brasil pelo crime cometido na Itália desde março de 2024.
O tribunal já negou outros pedidos de recurso feitos pelos advogados de Robinho. A defesa do ex-atacante alega que ele tem o direito de ser julgado pela Justiça brasileira e que a decisão da Itália não seria válida.
"Resguarda-se ao cidadão brasileiro o direito e a garantia de submeter-se à jurisdição brasileira, ainda que o fato tido como criminoso tenha ocorrido fora do Estado nacional, considerando uma série de circunstâncias que assegurem plenamente um julgamento justo e isento", dizem os advogados.
"Seria um verdadeiro contrassenso, data maxima venia, negar a possibilidade de extradição, mas permitir que a decisão lá lavrada pudesse ser executada entre nós. Seria o mesmo de dar com uma mão e tirar com a outra", alegam em outro trecho.
Em 2022, o ex-jogador foi condenado na Itália a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo contra uma jovem mulher de origem albanesa. O caso aconteceu em 2013, em Milão.
A mais alta corte da Itália encerrou qualquer possibilidade de recurso após as derrotas Robinho em todas as instâncias. A Itália, então, pediu a extradição para as autoridades brasileiras, o que não ocorreu porque o Brasil não extradita seus cidadãos. Por isso, as autoridades italianas solicitaram que a pena seja cumprida aqui.
Na dia 20 de março do ano ado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que Robinho cumprisse no Brasil a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo. A decisão foi tomada por maioria (9 votos a 2). Os ministros também decidiram que ele cumprirá a pena imediatamente e em regime fechado.
Robinho foi preso pela Polícia Federal de Santos no dia 21 de março de 2024. Após ar pela audiência de custódia e realizar exame de corpo de delito, ele foi encaminhado para o complexo prisional de Tremembé, no interior de São Paulo.
No fim de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para negar o pedido de habeas corpus de Robinho e mantê-lo preso.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.