Dr. Serginho detalhou investigação em vídeoReprodução
De acordo com dados levantados, entre os 4.500 beneficiários cadastrados, 1.500 apresentavam erros nos Fs, impossibilitando qualquer tipo de análise. Nos demais 3.000 cadastros, foram detectadas 125 irregularidades: 74 beneficiários não possuíam inscrição no CadÚnico ou apresentavam inconsistências nos documentos; 48 eram residentes de outros municípios, como Belford Roxo, Japeri, Nova Iguaçu, São Pedro da Aldeia, Guapimirim e Armação dos Búzios; e pelo menos três registros envolvem pessoas falecidas, cujos benefícios continuaram sendo pagos.
Além disso, foi identificada a rescisão unilateral do contrato com a empresa E-DINHEIRO, responsável pela gestão do programa, e a contratação emergencial da empresa GREENCARD. De forma ainda mais preocupante, a Prefeitura verificou que os dados operacionais, listagens e cadastros foram integralmente deletados pela gestão anterior, o que dificulta a rastreabilidade e a transparência do programa.
Conforme o prefeito, todos os documentos apurados estão sendo encaminhados ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, para as devidas providências.
"A Prefeitura de Cabo Frio reforça seu compromisso com a transparência, a correta aplicação dos recursos públicos e a construção de um novo modelo de assistência social, com critérios rígidos e mecanismos de controle, para assegurar que os benefícios cheguem exclusivamente à população que realmente necessita", concluiu a nota.
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