Nessa semana nossos antigos colonizadores, portugueses e espanhóis, amanheceram e anoiteceram enfrentando um mega apagão de energia, que atingiu os dois países. Outros vizinhos, como a França e a Irlanda, também tiveram cidades às escuras. Imagino o susto no Velho Continente. Afinal apagões são para eles coisa do século ado, dos tempos de grandes guerras.
Por solidariedade, o Principado se reuniu para oferecer Know-How. Afinal, de apagões nos entendemos. Eles estão presentes em todos os verões. E, as vezes, nos invernos também.
Fizemos aqui uma lista, com as medidas de emergência que eles precisam pôr em prática.
A primeira delas é que eles precisam lembrar que velas não são apenas decorativas, elas servem para iluminar o ambiente e garantir o caminho entre a sala e a cozinha, por exemplo.
Não inventaram a televisão à vela, mas há quem use bateria de carro para não perder final de campeonato em dias de apagão.
Fizemos aqui uma lista, com as medidas de emergência que eles precisam pôr em prática.
A primeira delas é que eles precisam lembrar que velas não são apenas decorativas, elas servem para iluminar o ambiente e garantir o caminho entre a sala e a cozinha, por exemplo.
Não inventaram a televisão à vela, mas há quem use bateria de carro para não perder final de campeonato em dias de apagão.
A falta de experiência dos amigos europeus é tanta que houve um imediato desabastecimento de água e pães. Preocupação justa porque naquelas bandas, os fogões são todos elétricos. Eles não usam gás, e não sabem sequer o que é o fogão à lenha. Peça que só se encontra em museus de costumes. Tanto que o amigo historiador Bruno, que mora lá pelas bandas de Vizeu, na região Central de Portugal, me contou que a população precisou mudar hábitos e costumes de um minuto para o outro.
Se morassem por aqui, saberiam até a hora mais provável para o apagão: no verão é sempre ao anoitecer.
E temos outras dicas: lavar roupas à mão, usar bicicletas como meio de transporte para combater, o sedentarismo, bicicleta é novamente meio de transporte, e a volta do caderno de fiados no comércio de bairros. Afinal, sem energia, sem baterias para recarregar celulares e as maquininhas de cartões.
Carnes? Viva a mortadela.
Carnes? Viva a mortadela.
E de volta para a horta de quintal!
Internet? Celular? Esqueçam das modernidades.
E a pescaria deixa de ser atempo ou esporte e volta a ser sobrevivência.
O Fred, o amigo suíço, lembrou que a Espanha é uma das campeãs europeias de arranha-céus. Só a torre de cristal, em Madri, ostenta uma altura de 250 metros e conta com 52 andares. Haja perna para subir ou descer dessa montanha.
Uma outra solução seria pegar emprestado os famosos moinhos de vento da Holanda, criados no século XVIII para drenar a água dos pântanos, mas que em algum momento, lá no Século XIX geraram energia.
A melhor opção é fazer como cá, manter a calma. Pelo menos por aqui, falta de luz ainda tem efeito bumerangue. Sem funcionamento dos postos de combustíveis, e carregamento de veículos elétricos, a poluição diminuiu.
O grande desafio é sempre a comunicação. Afinal, mesmo que as emissoras de rádio tenham geradores, como as autoridades desses países fizeram para se comunicar com as populações?
Será que não está na hora da gente retornar também com o uso de pombos-correios?
Será que não está na hora da gente retornar também com o uso de pombos-correios?
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