As articulações entre Wladimir, Almy Júnior e representantes da empresa aconteceram no gabinete do prefeito Foto Vadinho Ferreira/Divulgação

Campos – O prefeito Wladimir Garotinho articula a instalação de uma unidade da empresa de biogás e biofertilizantes Geo Bio Gás & Carbon em Campos dos Goytacazes (RJ), com potencial para gerar mais empregos, renda e novas oportunidades de negócio. O investimento está estimado em R$ 1,5 bilhão.
Wladimir recebeu esta semana, no seu gabinete, representantes da Geo Bio Gás, que já investem na plantação de capiaçu, no município. Trata-se de uma cultivar de capim-elefante desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O prefeito estava acompanhado do secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca do município, Almy Júnior.
A empresa possui cerca de duas décadas de experiência no mercado, se destacando no comprometimento com soluções a partir do uso de carbono renovável, incluindo a produção de biogás, a geração de energia limpa e a produção de biocombustíveis avançados. “Em breve, teremos uma indústria gerando mais empregos, renda e novas oportunidades de negócio para o campista”, vibra Wladimir.
“O futuro já chegou; estamos colhendo o que plantamos com muito trabalho e dedicação”, realça o prefeito ratificando que a estimativa da empresa é de, aproximadamente, R$1,5 bilhão em investimentos no projeto de plantio de 15 mil hectares do capim.
Almy Júnior enfatiza que a proposta do grupo empresarial é investir no plantio de capiaçu com o objetivo de produzir biogás, em parceria com a Prumo Logística e o Porto do Açu, entre São João da Barra e Campos, e biofertilizantes com os resíduos da produção do biogás. “Se os objetos forem alcançados teremos um projeto altamente sustentável”, acredita.
CLIMA PROPÍCIO - O secretário explica que a fábrica de biogás não gerará resíduo e sim biofertilizantes: “Para o projeto de plantio de até 15 mil hectares de capiaçu, e do parque industrial, a estimativa é de R$1,5 bilhão. A prefeitura torce para que dê certo e vê isso como grande interesse pelo agronegócio da nossa região. É uma atividade que não compete com cana, eucalipto, bovinocultura, hortaliça ou soja”.
“Tudo isso vem ao encontro de termos maior diversificação da nossa agropecuária”, analisa Almy detalhando que o capiaçu é uma opção promissora para a produção de biogás e outras formas de bioenergia, devido à sua alta produção de biomassa: “Além da pecuária, a Embrapa tem explorado o uso do capiaçu para gerar energia renovável, incluindo biogás, etanol de segunda geração e até mesmo na indústria cimenteira”.
Quanto ao plantio do capiaçu, o secretário diz que é propício em ambientes com clima tropical: “O capim capiaçu pode produzir cerca de 300 toneladas de matéria verde por hectare por ano, mas isso depende de vários fatores, entre eles, a capacidade de conversão da matéria orgânica em biogás, a quantidade de matéria verde produzida por hectare, e o tipo de tecnologia utilizada”. A instalação ainda não tem data definida.