Maico Alves, de 40 anos, e a filha dele, Ana Clara, de 11Manchete Lagos
Apesar da gravidade do caso, os dois jovens motoristas envolvidos no racha estão respondendo em liberdade por lesão corporal grave provocada por corrida ilegal, crime cuja pena pode chegar a seis anos. A defesa tenta ainda desqualificar a acusação, alegando que se tratou de lesão corporal culposa, com pena menor, de até dois anos — e, para isso, busca descredibilizar as vítimas.
“Infelizmente, a nossa legislação ainda é muito frouxa para quem comete crimes de trânsito. O acidente causou graves problemas às vítimas, e por muito pouco não teve um resultado morte. A legislação não evoluiu ao ponto de servir de exemplo para evitar que cenas como essa, em uma avenida movimentada de Cabo Frio, se repitam”, declarou o advogado das vítimas, Luciano Régis.
Maico Alves ainda sofre com as sequelas do atropelamento e depende de muletas para se locomover. Mesmo diante da tentativa da defesa de minimizar os impactos do acidente, ele diz sentir certo alívio. “A gente pensou que esse caso seria esquecido e que nada aconteceria”, desabafou.
A filha, Ana Clara, ou por cirurgia e precisou de internação, mas felizmente não ficou com sequelas. Agora, tenta retomar seus planos com otimismo. “Tô bem melhor que antes. Até já voltei a estudar, estou fazendo dois cursos. Estou indo bem”, contou.
*Imagens cedidas por @manchetelagos.
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