Ferro-velho era um dos principais pontos de receptação de materiais furtados de concessionárias de serviço públicoReprodução
Durante a operação, o ferro-velho estava em funcionamento e aberto, mas não tinha alvará de funcionamento e Cadastro de Estabelecimento de Reciclagem (CER), obrigatório para empresas do setor, conforme a legislação estadual vigente. Além disso, o estabelecimento tinha uma área destinada à queima de cobre, prática comum para ocultar logomarcas e símbolos que comprovam a propriedade de concessionárias de serviços públicos.
Entre o material apreendido, 45 kg eram de fios de cobre com características típicas da infraestrutura de distribuição de energia elétrica e 24 kg eram de fios de telefonia queimados. Havia ainda componentes metálicos e fios com características da rede ferroviária da SuperVia, também reconhecidos como pertencentes à concessionária, além de tubos de cobre sem documentação ou comprovação de origem lícita.
Desde setembro de 2024, a Polícia Civil já fiscalizou mais de 260 ferros-velhos, com cerca de 90 responsáveis pelos estabelecimentos presos. No mesmo período, mais de 250 toneladas de fios de cobre e materiais metálicos foram apreendidas pela DRF, que tem diversos inquéritos em andamento, investigando desde o furtador até as metalúrgicas. As diligências seguem para responsabilizar todos os envolvidos. As ações visam descapitalizar financeiramente os braços operacionais do tráfico, responsáveis por fomentar esse tipo de crime.
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