Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, Silvana desabafou sobre a morte da filha. "Ele feriu o coração de uma mãe, feriu o coração de um pai e dois irmãos e do esposo dela. Ele feriu, tirou um pedaço da gente. Mas eu creio que ela está em um bom lugar. Deus me deu e Deus levou, isso eu tenho certeza. Fora do tempo, mas ela está nos braços do Pai".
Na entrevista, a família contou que durante a pandemia Jéssica estava trabalhando como cuidadora de idosos. No domingo, ela estava de plantão na casa de uma família na Tijuca, na Zona Norte do Rio. A jovem morava em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, tinha saído de casa por volta das 5h30, e pegou o trem do ramal de Japeri. Jéssica havia se formado no fim do ano ado e sonhava em trabalhar como enfermeira na Marinha.
Segundo testemunhas, criminosos entraram no vagão que Jessica estava e anunciaram o assalto. Um policial à paisana reagiu e houve uma troca de tiros. A técnica de enfermeira foi atingida na axila e ageiros que estavam na mesma composição tentaram socorrê-la fazendo uma reanimação. Ela chegou a ser levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte, mas não resistiu.
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Procurada pelo DIA, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) instaurou inquérito para apurar a morte de Jéssica. Dois criminosos foram presos e dois fugiram.
O assalto aconteceu por volta de 7h, no trem que seguia de Japeri para a Central do Brasil. Outro homem informou ter se ferido, mas dispensou atendimento médico. Dos quatro assaltantes, dois conseguiram fugiram. Outros dois foram baleados, um deles foi levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu aos ferimentos. O outro está internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho Novo.
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Em nota, a SuperVia destacou que lamenta profundamente o ocorrido e que a violência observada em todo o estado atinja também o sistema ferroviário, colocando em risco os seus milhares de clientes e os seus colaboradores.
De acordo com a empresa, apenas nos primeiros três meses de 2021, já foram registrados seis casos de tiroteios que prejudicaram a operação por mais de 11 horas. Durante todo o ano de 2020, foram contabilizados 36 casos de tiroteios nas proximidades da linha férrea, que afetaram a circulação dos trens por 40 horas e 24 minutos.
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