Paiva analisa momento do Botafogo e destaca importância de paciência com técnicos

Rio - Renato Paiva analisou o momento do Botafogo após a vitória sobre o Ceará por 3 a 2 no Estádio Nilton Santos, nesta quarta-feira (4), e aproveitou para destacar a importância de ter paciência com os treinadores. O português foi criticado no início do trabalho, mas hoje vive boa fase no Glorioso. Nos últimos oito jogos, o Alvinegro somou oito triunfos, um empate e uma derrota.

"É um bocadinho o resultado da paciência que muitas pessoas têm para analisar esse tipo de trabalho. O começo foi relativamente difícil, é verdade. Mais difícil jogar fora do que em casa. Hoje voltamos a confirmar aquilo que temos sido em casa. Segundo me disseram agora, é o melhor começo em casa desde que o John Textor chegou ao Botafogo. Nos deixa orgulhosos", disse Renato Paiva.

"São dados que confirmam que é preciso um bocadinho de paciência para treinadores arem ideias e para os jogadores se adaptarem a isso e ao clube. Os que aqui estão que se adaptem ao treinador e aos jogadores que chegam. Tudo isso não se faz em um estalar de dedos, mas sim treinando. É um problema que todos temos no Brasil: de treinar pouco, mas paciência. é assim que é. Dentro disso vamos encontrando soluções para fazer a equipe crescer dentro da competição", completou.

Com o resultado, o Botafogo chegou aos 18 pontos e subiu para a sexta posição do Campeonato Brasileiro. Além disso, o time está nas oitavas da Libertadores e da Copa do Brasil.

"As coisas poderiam correr melhor. Poderíamos estar melhor classificados na Série A, poderíamos ter avançado com menos dificuldade na Libertadores. Mas de todas as formas, orgulhoso pelo trabalho que os jogadores estão fazendo de acreditar na nossa ideia, no trabalho, neles mesmos e que é possível estar no topo. Chegaram, mas o mais difícil é continuar", analisou o técnico.

Agora, o foco é no Mundial de Clubes. O Alvinegro estreia no torneio no dia 15 (domingo), às 23h (de Brasília), contra o Seattle Sounders, no Lumen Field, em Seattle. A partida é válida pela primeira rodada do Grupo B, que também conta com PSG e Atlético de Madrid.

"Se tivéssemos medo, ficávamos aqui em casa e não íamos. Se trabalhamos uma ideia até agora, por que vamos mudar? Nossa maior vitória é ser quem somos, perceber o clube e o país que vamos representar. Esse peso nós temos que assumir e assumimos com muito bom gosto e orgulho. Vamos olhar os jogos. Vamos ser ofensivos? Quando tivermos a bola, vamos. E neste jogos vai haver momentos em que não vamos ter a bola e vamos ter que saber jogar sem ela", destacou Paiva.