Renata BentoDivulgação

Estou separada do meu marido e minha filha de 6 anos não quer mais sair com ele. Disse que ele fica falando mal de mim e que ela me defende e ele fica agressivo. O que devo fazer?
Eva Sampaio, São João de Meriti.
O processo de separação é sempre muito doloroso para a criança. Muitas vezes a recusa em ir com o genitor (pai ou mãe) nos dias estipulados para a convivência ocorre por vários motivos, que precisam ser investigados. É muito duro para uma criança participar das desavenças a respeito das figuras de base emocional mais importantes da sua vida, que são seus pais.
Segundo Renata Bento, psicanalista e perita em Vara de Família, o caso relatado pela mãe corresponde a uma criança com uma linguagem muito específica para tão pouca idade, o que já demonstra algum sofrimento por parte dessa criança. “Não está claro se a criança vive um conflito de lealdade com a mãe, e não quer ver o pai. Ou se esse pai pratica alienação parental”, destaca.
De todo modo, essa criança já vivencia um grande conflito, pois está no meio de uma relação que não é dela e sim de seus pais. Para Renata, a criança que cresce sendo objeto de disputa e tendo que escolher emocionalmente seu cuidador pode apresentar uma série de dificuldades emocionais no presente que serão arrastadas para as relações da vida adulta. “Caso essa situação persista, sugiro procurar um psicólogo para escutar o conflito dessa criança e um advogado, especialista em Direito de Família para relatar o que vem ocorrendo nesse caso”, recomenda a especialista.
Casos como esse exigem escuta qualificada, empatia e ação rápida. Proteger a saúde emocional da criança é prioridade absoluta — e isso a por atenção psicológica e respaldo jurídico,, salienta o advogado Átila Nunes do serviço www.reclamar adianta com br. O atendimento é gratuito pelo e-mail jurí[email protected] ou pelo WhatsApp (21) 993289328.