Publicado 05/04/2025 00:00
Quando estava para sair de férias, uns 3 dias antes, deixei uma falsa pista para os mais velhos do Principado da Água Santa: talvez eu dê uma esticada até a Groenlândia...E expliquei: vou dar uma força ao povo de lá que anda irritado com essa pataquada do Pato Donald Trump de ficar por aí anunciando que irá se apossar do território da Dinamarca.
PublicidadeMas deixei claro o “talvez”, afinal, não espalho mentiras por aí, mas todos nós podemos sonhar. E sumi durante 20 dias. Mas não fui tão longe. Aliás, sequer atravessei a fronteira do estado. Meu destino foi o sítio de um amigo em Guapimirim.
Lá, fiquei isolado, mas não solitário. Levei comigo a patroa, a cadela Chiquinha e as gatas Yune e Katrina. Pelas bandas de lá, embora bem mais perto daqui do Principado de Água Santa do que a Groenlândia, me senti em outro país. Aliás, em outra época. A rede não era de computadores, mas aquela de algodão, macia e aconchegante, feita apenas para relaxar!!!!
E, deixando a caneca de chopp de lado, aproveitei para tomar banho de cachoeira no Rio Caneca Fina: uma delícia e, como o meu chope: gelado!
Ah, não comi churrasco. Somente verduras, legumes e muitas frutas. Quase que virei vegano. Saí de lá até pensando nessa possibilidade quando, ando pela Rio-Petrópolis, avistei uma churrascaria. Bem, para encurtar a história e dar fim ao meu momento vegano: engoli um boi.
Agora, já de volta ao Principado, voltaremos às churrascadas, ainda vespertinas, devido ao calor que insiste em ficar aqui mesmo no outono Como regressei para caverna antes do dilúvio anunciado pela Metrologia para quinta, sexta e sábado, liguei o meu sistema anti-desastres da natureza: escorei poleiros das aves, e também os pés de pitanga, de fruta do conde, de acerola e da macieira (acredito que ela, coitada, não vai sobreviver a esse calor extremo. Mas, tô tentando salvá-la).
Chamei o vizinho dos fundos para fazer uma vistoria no telhado da caverna. Tem o abacateiro da casa ao lado, que vez por outra lança os frutos sobre as telhas do lado de cá do muro. Resultado: quatro telhas quebradas. Então, telhas trocadas e agora só resta aguardar o dilúvio.
Ah, preparei um pequeno, mas aconchegante, poleiro no que é o banheiro-sanitário do quintal, como abrigo de emergência para os pássaros que frequentam – e são sempre bem-vindos – a área.
Por fim, estoquei carnes e carvão para aguardar os bons e velhos amigos. Como resolvi contar essa história na quinta-feira bem cedinho, tive tempo de preparar o sistema anti-desastre meteorológico.
E, para não dizer que esqueci, a churrasqueira de tijolos foi construída para enfrentar os ventos uivantes daqui da região.
E, para não dizer que esqueci, a churrasqueira de tijolos foi construída para enfrentar os ventos uivantes daqui da região.
Agora, estou pronto para acionar a sirene de alerta para os amigos da área, avisando que voltei.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.